Drácula, a história
mais famosa de Vampiros da atualidade, já teve diversas adaptações para o
cinema. No entanto, quantas delas são realmente fiéis ao original?

Fiz uma pequena lista com algumas diferenças que vi entre os filmes (e a
cultura pop em geral) e o livro, publicado por Bram Stoker no ano de 1897
5) Fonografo, Taquigrafia e outros
"modernismos"
Bram Stoker queria escrever um romance em que a superstição e tradição se
contrapossem à modernidade da época. Para isso compôs personagens céticos e
pragmáticos e inseriu diversos elementos que, para a época, eram o que se tinha
como moderno e de vanguarda. O Dr. Steward, médico e um dos personagens do
livro, narra seu diário utilizando um fonografo. Mina e Jonathan Harker
escrevem através de notas taquigráficas, também algo inovador para a época.
Para o ano em que foi escrito, todos esses elementos davam ao livro um ar de
atualidade mas nenhuma versão dos cinemas se preocupou em realizar esse
contraponto (tradição x superstição).
4) Vampiro?
A palavra vampiro quase não é utilizada ao longo do calhamaço. O autor prefere
utilizar o termo morto-vivo (un-dead). O livro, inclusive, se chamaria "O
morto vivo" mas Stoker modificou o nome para Drácula antes da publicação.
3) Aparência do Conde
Desde as suas versões mais charmosas e sedutoras até as mais grotescas, nenhum
filme jamais deu ao Conde Drácula a mesma aparência que este tem no livro.
Sendo o próprio Vlad Tepes, o Conde tem a aparência deste personagem histórico,
com direito a longos bigodes e ultrapassam o queixo.
Alguém aí já viu um Drácula bigodudo nos cinemas?
2) Scholomance
Scholomance é uma escola de magia negra, cujo o diretor é o próprio diabo, que
fica em meio às florestas da Transilvânia.
Essa é uma lenda que já existia entre o povo húngaro antes de Drácula mas, no
livro, cita-se que foi neste local que o Conde aprendeu todas as artes negras
que o transformaram em vampiro.
1) Drácula não se queima no Sol
A principal diferença entre livro e filmes (e o que me fez desenvolver essa
lista). Ao contrário do que diz a cultura popular, o Conde Drácula não se
queima ao caminhar durante o dia - o único porém é que, nesse momento, ele fica
preso a sua forma humana (não pode se transformar em um morcego, por exemplo) e
que seus poderes ficam mais limitados. Isso não impede, porém, que o Conde
caminhe e faça planos durante o dia.
Essa repulsa pela luz solar surgiu na primeira versão cinematográfica da obra,
"Nosferatu": uma adaptação não autorizada, em que o Conde é retratado
com um aspecto bizarro e só se locomove nas sombras.
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