Muito conhecido como o sofrimento decorrente de uma perda, o luto tem estágios e pode ser apresentado em situações diferentes. Sim, existem outras formas de vivenciá-lo, não necessariamente apenas mediante a uma situação de morte.
Como todos sabem, a morte é um fenômeno que faz parte do processo de desenvolvimento físico, cessando as atividades orgânicas. Sendo assim, todos estamos sujeitos a lidar com ela, através da perda de um ente querido ou alguém que seja próximo e que nos represente algo e a partir daí é que se dá o luto.
Pode ser dividido em 5 estágios: negação, raiva, barganha, depressão e por fim aceitação. Durante os diferentes estágios do processo, existem sentimentos variados, como já se diz no segundo estágio, a raiva, tristeza, sentimento de vazio, dificuldade em se concentrar, nervosismo, sensação de estar fora do ar, impressão de que a qualquer momento pode ficar louco, achar que nada no mundo tem mais graça ou sentido e saudade.
É um processo doloroso, porém, necessário para o ser humano, pois é preciso que tenhamos mecanismos para lidar com perdas, e somente perdendo é possível vivenciar e encontrar a melhor forma de lidar com a situação.
O luto não é vivenciado apenas em adultos as crianças também sofrem, elas são capazes de entender a perda, apesar de algumas vezes não compreenderem o real significado da morte, porém, notam a movimentação e as consequências da morte de alguém próximo. É importante dizer a verdade, claro, que de uma forma que a criança possa entender, e fazer com que ela saiba que aquela pessoa já não volta mais, pois assim é mais fácil compreender a situação, sem precisar fantasiar ou sentir-se abandonado pela pessoa que morreu.
A intensidade e duração do luto varia de acordo com a relação/ligação que se tinha com a pessoa falecida, idade tanto do enlutado quanto da pessoa que se foi, circunstâncias da morte, dentre outro fatores...
Geralmente, os 6 primeiros meses após a perda, são de muito sofrimento, caracterizado por choro e tristeza. Após este período, existe uma melhora, ocorrendo maior aceitação, sendo ele (luto) considerado normal até 12 meses. É possível, e também muito natural, ocorrer recaídas em certas datas ou mediante a lembranças repentinas.
Após o período de 12 meses, caso a pessoa não consiga retomar sua vida, sofra intensamente e não seja capaz elaborar o luto, este é considerado patológico e exige tratamento.
Como citei logo no início, para a surpresa de muitos, o luto que, popularmente, está relacionado com a morte, também pode se manisfestar mediante ao término de um relacionamento, o enceramento de uma fase boa da vida, fim de uma viagem que foi muito planejada e esperada, perda do emprego, morte de um animal de estimação, separações na família, mudança de casa, cidade ou país. Este luto ocorre pois as situações representam perdas e todas envolvem sentimentos, investimento de energia e lembranças, sendo assim, também é preciso um tempo para que seja elaborado e os sintomas são os mesmos de quem perde um ente querido, pois, para cada um, essas situações tem um significado diferente em suas vidas.

Em caso de luto patológico, familiares e amigos devem estar atentos pois é possível que o enlutado não se dê conta da situação em que se encontra e não busque ajuda, então é aconselhável procurar um profissional para auxiliar no processo.
E ai, tem algum assunto relacionado à psicologia qu você gostaria de saber? Manda pra gente: nathaliageneroso@hotmail.com.
Jéssica Storti Cirino
Psicóloga - CRP: 06/119524
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